sábado, 3 de outubro de 2015

As Três Horas de Trevas...P/01...03/10/2015




 “E desde a hora sexta houve trevas sobre toda a terra, até à hora
nona. ”
(Mateus 27:45).

Desde as nove da manhã até ao meio-dia, a luz do Sol iluminou com
toda sua intensidade usual; de tal forma que os adversários de nosso
Senhor tiveram tempo suficiente para contemplar e insultar Seus
sofrimentos.
Não poderia haver nenhum equivoco a respeito do fato
de que Ele estava realmente cravado na cruz. Pois, Ele foi
crucificado em plena luz do dia.
Estamos plenamente convencidos que foi Jesus de Nazaré, já que tanto seus amigos como seus inimigos foram testemunhas oculares de Sua agonia: durante três longas horas os judeus estiveram sentados ali o contemplando na cruz, zombando de Suas misérias.
Dou graças por essas três horas de luz.
Do contrário, os inimigos de nossa fé teriam questionado se verdadeiramente o corpo bendito de nosso Senhor foi cravado na cruz, e haveriam dado motivo a inumeráveis fantasias, tão abundantes como os morcegos e as corujas que rondam na escuridão.
Onde estariam as testemunhas dessa solene cena se o sol estivesse oculto desde manhã até de noite?
Posto que três horas de luz proporcionaram a oportunidade de que
se verificasse e de que se pudesse dar testemunho do fato, vemos
nisso a sabedoria que não permitiu que a luz se dissipará tão
rapidamente.
Nunca percam de vista que esse milagre de fechar os olhos do dia,
exatamente ao meio-dia, foi realizado por nosso Senhor em Sua
debilidade.
Ele havia caminhado sobre o mar, ressuscitado mortos, e
sarado aos enfermos nos dias de Sua força; porem, agora, decaiu
baixíssimo, tem febre, sem forças e sedento.
Ele se movimenta nos limites da dissolução; no entanto, possui o poder de escurecer o sol exatamente ao meio-dia.
Ele é ainda verdadeiro Deus de verdadeiro Deus.
Olhem, uma torrente púrpura derrama-se Desde Suas mãos e de Sua cabeça, A maré vermelha apaga o sol; Seus gemidos despertam os mortos.” Se Ele pode fazer isso em Sua debilidade, o que não poderá fazer em Seu poder?
Não esqueçam que esse poder foi desdobrado em uma
área na que Ele usualmente não manifestou Sua força.
 A área de Cristo é de bondade e benevolência, e conseguintemente, de luz.
Quando Ele adentra nas áreas de convocar à escuridão ou de
chamar à juízo, Ele ocupa-se daquilo que Ele nomeia Sua estranha
obra.
As obras de Sua mão esquerda são maravilhas de terror.
Somente de vez em quando que Ele faz com que o sol se oculte ao
meio-dia, ou escurece a terra em dia claro
(Amós 8:9).
Se nosso Senhor pôde trazer a escuridão ao morrer, que glória não
poderíamos esperar agora que Ele vive para ser luz da cidade de
Deus para sempre?
O Cordeiro é a luz, e que luz!
Os céus mostram as pistas de Seu poder agonizante, e perdem seu brilho.
Por acaso os novos céus e a nova terra não darão testemunho do poder do Senhor ressuscitado?
As densas trevas que rodeiam ao Cristo moribundo são as vestes do Onipotente: Ele vive outra vez, e tem todo o poder
em Suas mãos, e todo esse poder o empregará para abençoar Seus
eleitos.
Que chamado deve ter sido para os despreocupados filhos dos
homens, esse meio-dia convertido em meia-noite!
Eles não sabiam que o Filho de Deus estava em meio deles; nem que Ele estava cumprindo a redenção humana.
A hora mais grandiosa de toda a história humana dava a impressão que passaria sem que se a notasse, quando, subitamente, a noite saiu apressadamente de suas habitações e usurpou o dia.
Todo mundo perguntou a seu companheiro:
“o que essa escuridão significa?”
Os negócios foram paralisados: o arado ficou no meio do sulco e o machado não pode ser alçado.
Era meio-dia, justo quando os homens encontram-se mais ocupados; porem, todos eles fizeram uma pausa geral.
Não só no Calvário, mas também em todas as colinas, e em cada vale, as
trevas baixaram.
Houve um hiato na caravana da vida.
Ninguém podia se mover exceto buscando seu caminho as apalpadas, tal como os cegos o fazem.
O dono da casa pediu que a luz fosse acesa ao meio-dia, e o servente, tremendo, obedeceu essa ordem inusitada.
Outras luzes também brilhavam, e Jerusalém era uma cidade
submersa na noite, mas os homens não estavam em suas camas.
Como a humanidade estava surpreendida!
Em volta desse grandioso leito de morte conseguiu-se uma quietude apropriada.
Não duvido que um gélido terror apoderou-se das massas das
pessoas, e que os homens prudentes anteciparam coisas terríveis. Os
que tinham permanecido ao redor da cruz, e se atreveram a insultar
a majestade de Jesus, estavam paralisados de terror. Eles cessaram
com sua obscenidade e deixaram de cruelmente se alegrarem. Até
mesmo os mais vis deles estavam atemorizados, ainda que não
convencidos  os demais “se golpeavam nos peitos.” Os que puderam,
sem dúvida, foram tremulantes para suas casas trataram de se
esconder, por medo dos terríveis juízos que, temiam, teriam que
encarar.

TEM CONTINUAÇÃO.
                     
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